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Os minerais possuem várias funções, nomeadamente, metabolismo energético, equilíbrio ácido-base, funcionamento do sistema nervoso, produção e manutenção da hemoglobina, função antioxidante, manutenção da saúde do esqueleto, entre outras. Tais funções ocupam uma posição muito importante na performance dos atletas.

O impacto importante dos minerais sobre as funções corporais no âmbito da capacidade desportiva:
  Factor auxiliar de metabolismo energético Função nervosa Composição de hemoglobina Capacidade imunitária Função antioxidante Metabolismo do esqueleto

Sódio (Sodium)

 

 

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Potássio (Potassium)

 

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Cálcio (Calcium)

 

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Magnésio (Magnesium)

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Ferro (Iron)

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Zinco (Zinc)

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Cobre (Copper)

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Crómio (Chromium)

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Selénio (Selenium)

 

 

 

 

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* Origem: Clinical Sport Nutrition, Louise Burke & Vicki Deakin

Sódio (Sodium)
O sódio é um mineral essencial das células e tem por funções manter o líquido corporal, o equilíbrio ácido-base e o funcionamento do sistema nervoso e dos músculos. A intensa transpiração implica a perda do sódio do corpo. A perda excessiva do sódio implica a fraqueza muscular e põe em causa a performance desportiva; nos casos graves podem ainda verificar-se diferentes sintomas, tais como, perda de apetite, vómitos, dores de cabeça e cãibras musculares. O sal constitui a principal fonte do alimento de sódio. Além disso, os temperos, os molhos, os alimentos processados (as conservas) e os alimentos salgados e curados (carnes fumados, verdura salgado e azedo) têm alto teor de sódio, seguindo-se o leite e os seus derivados e alguns legumes, nomeadamente, o aipo, também têm sódio. A ingestão excessiva de sódio implica a hipertensão em determinadas pessoas.

Potássio (Potassium)
O potássio é um mineral essencial das células e tem por funções manter o líquido corporal, o equilíbrio ácido-base, auxiliar a função transmissora do sistema nervoso, ajustar o miocárdio e a contracção muscular. A transpiração e a micção proporcionam a perda do potássio. A sua falta implica a incapacidade muscular, a fadiga, a vertigem, as dores de cabeça, a cãibra e a arritmia; por outro lado, a hipocaliémia também pode implicar a arritmia e pôr em causa a função cardíaca. Os legumes, a fruta, o leite, os grãos, os cereais integrais e os amendoins são ricos em potássio.

Cálcio (Calcium)
O cálcio está essencialmente nos dentes e esqueleto do corpo humano, e o restante encontra-se no sangue e em outros líquidos. O cálcio tem por funções manter a solidez dos dentes e esqueleto, ajudar a coagulação do sangue, ajustar o miocárdio e a contracção muscular e coordenar o funcionamento do sistema nervoso, sendo importante para a manutenção da capacidade desportiva. A falta permanente do cálcio pode pôr em causa a saúde dos dentes e esqueleto, a velocidade de desenvolvimento, para além de aumentar o risco da doença da osteoporose. A hipocalcemia implica cãibra muscular e dos membros superiores e inferiores, e fadiga; a hipercalcemia prejudica a capacidade de contracção muscular e causa a litíase renal e a arritmia. O cálcio existe nos alimentos, tais como, leite, vegetais de folhas verdes, sardinhas enlatadas (incluindo osso), camarão seco, alimentos enriquecidos em cálcio, entre outros.


Magnésio (Magnesium)
O magnésio é uma substância indispensável para o metabolismo energético, a contracção muscular, o ajustamento da palpitação e a manutenção da função nervosa. Do magnésio existente no corpo humano, 60% encontra-se no esqueleto e 27% nos músculos. Normalmente, os atletas transpiram mais do que as pessoas ordinárias, e, consequentemente, a perda do magnésio na transpiração também é superior ao público em geral. O magnésio existe nos alimentos, tais como, vegetais de folhas verdes, cereais integrais, grãos, amendoins, leite, entre outros. Não sendo comum a verificação da falta do magnésio entre as pessoas saudáveis que têm uma alimentação equilibrada. Os sintomas da falta de magnésio incluem a incapacidade muscular, a cãibra e a anomalia da palpitação; a ingestão demasiada de magnésio implica a perda de cálcio e a indisposição digestiva.

Ferro (Iron)
O ferro é uma substância indispensável para a produção da hemoglobina e da mioglobina, tem por funções transportar o oxigénio e participa nas funções antioxidantes do corpo. Devido à capacidade transportadora do oxigénio, o ferro desempenha um papel fundamental no desporto de resistência. O desporto promove o aumento do metabolismo e no consumo de ferro, pelo que os atletas têm mais necessidade de ferro do que as pessoas ordinárias; por outro lado, verifica-se também o aumento da perda de ferro nas senhoras devido à menstruação. A falta de ferro causa a anemia ferropénica, cujos sintomas são fadiga, declínio da capacidade física e imunidade. O ferro existe nos alimentos, tais como, carne vermelha, vísceras, gema de ovo, vegetais de folhas verdes, cereais ricos em ferro, entre outros.

Zinco (Zinc)
O zinco toma parte na produção das proteínas e das enzimas e desempenha um papel fundamental no metabolismo muscular e energético, na capacidade imunitária, no desenvolvimento normal e na recuperação de feridas. A falta de zinco prejudica o desenvolvimento das crianças, prorroga a recuperação de feridas, adoecimento fácil, entre outros. A ingestão excessiva de zinco causa a indisposição digestiva, diminui a taxa de absorção de ferro, implica o cobre sérico, podendo ainda resultar a anemia e prejudicar a imunidade. O zinco existe nos alimentos, tais como, carne de vaca, mariscos, nomeadamente, ostra, entre outros; os grãos e os amendoins são plantas ricas em zinco.

Cobre (Copper)
O cobre compõe várias enzimas do corpo, promove a produção e manutenção da hemoglobina e mioglobina e desempenha um papel fundamental na prevenção da lesão celular por oxidação. A falta de cobre impede o transporte de ferro pelo corpo, resultando, consequentemente, a anemia; certas doenças ou quando a ingestão de cobre exceda o limite superior, implicando a acumulação excessiva do metal no corpo, podem causar a indisposição digestiva e danificar o fígado. Entretanto, não sendo comum a verificação das circunstâncias atrás mencionadas devido à falta de cobre ou ao excesso de cobre. O cobre existe nos alimentos, tais como, vísceras, mariscos, em especial ostra e amêijoas, amendoins, sementes, grãos, entre outros.

Crómio (Chromium)
O crómio tem uma estreita relação com o metabolismo de glicose, intensifica o efeito de insulina, ajuda a absorção de glicemia pelas células e controla o nível de glicemia. Segundo o estudo, o consumo e a excreção de crómio aumentam depois da prática desportiva; por outro lado, a ingestão excessiva de alimentos monossacarídeos prejudica a absorção de crómio. O crómio existe nos alimentos, tais como, leveduras, cereais integrais, carne, couve-flor, entre outros. Para manter o melhor efeito nutritivo de crómio, os atletas devem evitar a ingestão de alimentos monossacarídeos, nomeadamente, doces, devendo ainda incluir cereais integrais e carne nas refeições dietéticas.

Selénio (Selenium)
O selénio é um mineral antioxidante importante, sendo ainda um dos elementos constituintes de muitas enzimas antioxidantes. É pouco comum a falta de selénio na nutrição; caso se verifique tal situação, implica a incapacidade muscular e lesões cardíacas. A absorção excessiva de selénio resulta intoxicação, sendo menos comum a verificação de tal situação; os sintomas de absorção excessiva de selénio incluem indisposição digestiva, unhas frágeis, depilação, anomalia do sistema nervoso, fadiga e impaciência. Os alimentos ricos em selénio incluem carne, mariscos, vísceras e cereais.