Os jovens deste escalão etário consomem muitas calorias por se encontrarem na fase de desenvolvimento. Nesta fase, o apetite e a escolha dos alimentos são influenciados pelas alterações fisiológica e psicológica. Na sociedade actual, várias doenças crónicas estão relacionadas com as questões alimentares demasiadamente ricas.

Após a passagem da fase infantil para a fase juvenil, torna-se mais difícil para os pais acompanharem os hábitos alimentares dos filhos, porque passam a comer fora de casa,  quando saiem com os amigos. Assim, para evitar a escolha inadequada de alimentos, devemos dá-los a conhecer, desde a infância, as noções básicas sobre a escolha correcta de alimentos. Outras questões comuns sobre a alimentação dos jovens são, a saber:

• Omissão do pequeno-almoço
  O pequeno-almoço constitui a origem de energia diária. É imprescindível para os jovens que se encontram na fase de desenvolvimento. Depois de 8 horas de sono e de descanso, o nível de açúcar existente no cérebro, encontra-se no nível baixo, e caso não absorva calorias suficientes, poderá prejudicar seriamente a capacidade de concentração. O pequeno-almoço deve ser composto essencialmente por alimentos com hidratos de carbono, tais como, sanduíche ou flocos de trigo. Quanto às bebidas, sugerimos a escolha do leite magro ou sumo de fruta sem adicionar açúcar, e deve evitar chá ou café forte ou bebidas de embalagem.
• Cultura de refeições rápidas (fast-food)
  A acessibilidade e a conveniência dos alimentos dos restaurantes de refeições rápidas são os motivos que atraem a atenção da nova geração. Os alimentos servidos neste tipo de restaurantes são preferêncialmente a carne, e a falta de fibras de legumes e da fruta implicará um desequilíbrio alimentar. Assim, ao escolher alimentos das refeições rápidas, deve-se fazer o possível para evitar alimentos ricos em gordura e fritos, e procurar contrabalançar com fruta, legumes e bebidas com pouco açúcar.
• Substituição de refeições por guloseimas
  estas são consideradas por os “3 muitos”, nomeadamente contêm muita gordura, muito açúcar e muito sal, por serem as características da maior parte das guloseimas. Estas, para além de não serem nutritivas, tornam-nos obesos e aumenta a cárie dental, pelo que, devemos comer menos, tais como: as batatas fritas de pacote, as bebidas gaseificadas, os doces, os chocolates, entre outras. Em vez destas, devemos escolher a fruta, o leite de soja ou leite fresco, as bolachas de soda, entre outras, como guloseimas.
• Horário instável das refeições
  Os ritmos acelerados da vida e o exíguo tempo destinado às refeições provocam as doenças de estômago. Não é aconselhável comer em demasia ou de menos, e o tempo destinado a uma refeição, não deve ser inferior a 30 minutos. Ainda, conforme os estudos existentes, verificam-se que comer à pressa aumento a possibilidade de ser obeso.

Na fase do desenvolvimento, os jovens necessitam de proteína, cálcio e ferro. A proteína constitui a matéria-prima da composição muscular e da sua reparação, do sangue, do esqueleto e dos órgãos do corpo, proporcionando ainda a formação de anticorpos bem como o aumento da resistência física. O leite, os produtos lácteos, a carne, os ovos de galinha, o peixe, o queijo de soja, os feijões, entre outros, são os alimentos que fornecem proteína de qualidade. Para inteirar-se do volume de proteína que necessita, pode consultar a pirâmide da alimentação do presente website.

O cálcio ocupa uma posição importante na fase de desenvolvimento das crianças porque favorece a aceleração do crescimento esquelético. O crescimento ósseo dos jovens (F/M) atinge o ponto máximo, respectivamente aos 11-14 anos e 13-17 anos. Para prevenir com eficácia a osteoporose, devemos aproveitar os referidos períodos áureos para aumentar a absorção do cálcio, com vista a reduzir o risco de a contrair, através do reforço da densidade óssea. Conforme a sugestão de Recommended Dietary Allowance (Nactional Research Council (US) 1989), os jovens de 11-24 anos de idade, de ambos os sexos, necessitam de 1200 mg de cálcio por dia. Os alimentos, tais como o leite, o queijo, o queijo de soja, o leite de soja, os vegetais de folhas verdes, peixe seco, sardinha, camarão seco, entre outros, são ricos em cálcio.

A manutenção do bom estado de ferro é imprescindível para os jovens que se encontram na fase de desenvolvimento. O efeito principal do ferro consiste na produção de hemoglobina nos glóbulos vermelhos, a qual abastece o oxigénio para todo o organismo. A falta de ferro constitui uma das principais causas de anemia, e tem por sintomas a fadiga, a fraqueza, a sensação de frio, a palidez, as tonturas, a falta de apetite, a dificuldade de concentração, entre outros. A falta de ferro na alimentação devido à preferência por certos alimentos ou à dieta, eleva a possibilidade da anemia por deficiência de ferro nos jovens, em especial nas senhoras. Os alimentos, tais como as carnes de porco, de vaca e de ovelha, os ovos, a soja, os cereais, os vegetais de folhas verdes, entre outros, são ricos em ferro. A ingestão de alimentos com ferro juntamente com alimentos ricos em vitamina C propicia melhor absorção do ferro. Pode-se através do seguinte quadro inteirar-se das necessidades diárias de ferro nos diferentes escalões etários:

As informações apresentadas servem apenas como referência, talvez não sejam as que melhor sirvam para satisfazer as necessidades nutritivas de cada indivíduo. Para melhor conhecer as suas necessidades individuais, é favor consultar o seu médico ou o dietista.