

Para os pais, os filhos são o seu tesouro, pelo que, estão sempre atentos no tipo da alimentação e da necessidade nutritiva das crianças, especialmente na fase em que é difícil prever os hábitos alimentares das suas jóias. Consideram ainda mais preocupantes a insuficiência alimentar e o equilíbrio nutritivo dos seus filhos.
De facto, os pais podem andar descansados, porque, hoje em dia, raramente se registam situações de deficiência alimentar nas cidades prósperas. O que é mais comum é o excesso alimentar, ao passo que a sua deficiência é mais frequente nos locais de ínfima pobreza, guerra e calamidades. Muitas vezes, a demasiada preocupação dos pais quanto à insuficiência alimentar dos seus filhos, implica o descontrolo alimentar, proporcionando-lhes ainda suplementos nutritivos adicionais. Este acto conduz às diferentes sequelas, tais como, a obesidade, o excesso de colesterol, a hiperlipemia, a hipertensão, a glicemia, entre outros. Segundo o “Relatório de Avaliação da Condição Física da População de Macau 2005” e com base na avaliação do peso de acordo com o nível da altura das crianças nos “Critérios de Teste e Avaliação da Condição Física dos Nacionais”, as taxas do excesso de peso das diversas categorias etárias das crianças do sexo masculino (M) de 3 a 6 anos são respectivamente 6.3%, 7.9%, 11.5% e 15.3%, as quais revelam o excesso de peso com a idade; sendo as taxas do excesso de peso das diversas categorias etárias das crianças do sexo feminino (F) de 3 a 6 anos são respectivamente 1.1%, 7.1%, 5.3% e 2.2%.
- O que é que os nossos filhos necessitam?
Em primeiro lugar, que sejam os pais a assumir o papel da sensibilização e da criação do hábito alimentar saudável junto dos seus filhos. Visto que a alimentação das crianças são regidas essencialmente pelos pais nesta faixa etária, elas gostam e acabam por imitar os ideais dos seus pais ou outros elementos da família. Se os pais tiverem um hábito alimentar irregular, como é que poderão ajudar os filhos a estabelecer um hábito saudável? Assim, os pais devem servir de exemplo aos seus filhos, criando em conjunto o hábito de alimentar saudável.
Tendo em consideração a dimensão reduzida do aparelho digestivo das crianças de 3 a 6 anos, devemos escolher com redobrado cuidado os alimentos, para que as crianças ingiram todos os elementos nutritivos. Os pais devem proporcionar aos seus filhos os alimentos com alto valor nutritivo, tais como, cereais, leite, carne fresca, legumes, fruta, entre outros, devenm evitar de dar alimentos com alto teor de açúcar e de gordura que normalmente as crianças adoram, tais como os chouriços, as ovas de peixe, as asas de frango, os gelados, etc.. Para satisfazer as necessidades quotidianas das crianças, para além das 3 principais refeições diárias, devem ter em conta outros alimentos saudáveis, entre as refeições (vide o quadro seguinte) e para não afectar o seu apetite devem evitar guloseimas antes das mesmas. Para inteirar-se das necessidades quotidianas das crianças, pode-se consultar a pirâmide da alimentação do presente website.
Alimentos saudáveis
Alimentos não saudáveis |
Alimentos saudáveis |
- Batatas fritas
- Gelados
- Bolachas de chocolate
- Bebidas gaseificadas
- Doces
- Compotas
- Fruta enlatada
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- Flocos de milho/Fruto de casca seca
- Queijo magro
- Bolachas de soda/Bolachas de trigo
- Bebidas gaseificadas sem açúcar
- Doces sem açúcar
- Fatias de pepino/Cenourinhas/Fatias de queijo
- Fruta fresca
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- Como é que podemos resolver as questões de preferência por certos alimentos ou falta de apetite dos nossos filhos?
Na realidade, todos têm preferências por determinados alimentos, pelo que, devemos tentar acolher os diferentes gostos de cada um. Caso a preferência por certos alimentos seja demasiado grave, os pais não devem limitar-se a advertir os filhos, mas sim, procurar descobrir os motivos ocultos. Para resolver as questões de preferência de alimentos das crianças, devem optar pela motivação ou proporcionar-lhes, numa área limitada, outras escolhas, tais como, arroz ou massa de fécula, carne de vaca ou carne de porco. Além disso, no âmbito dos alimentos, os pais podem pensar em formas que lhes permitam reforçar os conhecimentos à cerca da nutrição e estimular o interesse das crianças, que poderá ser através da preparação em conjunto de uma caixa de refeição, explicando-lhes os benefícios dos alimentos. Para evitar impactos negativos, os pais não devem forçar os filhos através de prémios ou de castigos.
São vários os motivos que conduzem à falta de apetite da criança, nomeadamente, má disposição, perturbação por algo externo, monotonia alimentar, atrair a atenção dos pais, ingestão demasiada de guloseimas antes da refeição, entre outras. Desta forma, os pais devem tomar as necessárias medidas com vista a encontrar as respectivas causas e as soluções adequadas. Devem evitar divertimentos que estimulem a atenção das crianças, e não é aconselhável ver televisão durante as refeições. As refeições devem ser tomadas num ambiente relaxante. Entre as refeições principais, podem dar às crianças, alimentos saudáveis com vista a manter o nível energético. Com a intensificação da prática desportiva, aumentará o apetite das crianças.
- Os meus filhos não gostam de legumes?
Os legumes proporcionam diferentes tipos de vitaminas (vitamina A, ácido fólico, riboflavina, vitamina C, etc.) e de minerais (ferro, cálcio, potássio, magnésio, zinco, etc.).São ricas em fibras alimentares que facilitam a defecação e reduzem a obstipação, reduzem o cancro de cólon. A ingestão diária de legumes evita os riscos das doenças coronárias, da obesidade, da hipertensão, entre outras.
Hoje em dia, a maior parte das crianças não gostam de legumes, preferindo em seu lugar mais carnes do que os legumes. Será que o desagrado das crianças pelos legumes tem origem desde a nascença? A resposta não é afirmativa. A causa de ingestão de poucos legumes talvez esteja relacionada com o sistema educacional dos pais. Muitos pais acompanham com grande atenção a saúde dos seus filhos e consideram que a carne e o leite são os alimentos com mais elevado valor nutritivo, pelo que, sensibilizam os seus filhos a ingeri-los constantemente, tornando-os os nuns autênticos carnívoros.
Para motivar as crianças a ingerirem mais legumes, os pais devem criar os hábitos de alimentação saudável desde a sua infância. A partir dos 2 anos, as crianças começam a ingerir alimentos sólidos. Os pais devem incluir uma porção adequada de legumes nas suas refeições, com vista a criar o hábito de ingestão de legumes desde a infância, levando-as a conhecer e ter o gosto pelos legumes, bem como adequirir conhecimentos da sua importância.